The Great Gatsby é um filme que marca, sem dúvidas! Desde 1925, quando Scott Fitzgerald escreveu o livro, Hollywood fez quatro filmes baseados nele. O último, com Leonardo DiCaprio (Gatsby) e Tobey Maguire (Carraway) é o mais recente e rico de todos. Como não se imaginar entrando na mansão de Gatsby e participando de uma de suas festas incríveis??? Ponto para a seleção de músicas… Começando por “… a little party never kills nobody…”, passando por Jay Z, The XX, Fergie entre outros. Fiquei fascinada também pelo figurino, perfeito, lindo… A set designer (cenografa) do filme é a designer Catherine Martin, mulher do diretor Baz Luhrmann, que fazem essa parceria há anos, e que a rendeu dois oscars, inclusive por Moulin Rouge. Na minha opinião, não poderia haver um casamento mais entrosado, porque o filme e a identidade visual são o que mais me chamam atenção…

 

 

Para o filme, Catherine projetou 42 sets de filmagem, em Sydney na Austrália e arredores. Sua equipe levou 14 semanas para construir apenas a Mansão de Gatsby (o grande salão, biblioteca, suíte master, hall de entrada, terraço e jardim). Os designers se basearam nas casas do início dos anos 20, em Long Island (NY). Lugares como Oheka Castle, La Selva e Beacon Towers foram usados como inspiração para dar a sensação de se estar construindo uma fantasia (quem viu o filme entende, já que Gatsby era um novo rico).

 

 

 

O St. Patrick Seminary, de estilo neo gótico, em Sydney, foi usado para filmar as tomadas externas, tendo um complemento na construção: a fonte na frente da casa. Depois de filmado, foram acrescentadas, por computação gráfica, duas torres. Para Gatsby ele conseguiria chegar ao seu objetivo maior através dessa mansão, então construiu um castelo de sonhos.

 

 

De acordo com as mansões da virada do século, foram reproduzidos os grandes pés direitos das casas, com tetos em gesso ornamentado e grandes candelabros de cristal descendo de extensas alturas. O piso em marqueteria (com o monograma de Gatsby no centro), grandes janelas separadas por colunas circulares e a escada em forma de serpentina (helicoidal) e um órgao para a cena em que Daisy visita a casa de Gatsby. A designer pensou em o que uma pessoa com muito dinheiro mudaria em uma casa já existente naquela época para fazer um ambiente ao mesmo tempo ja estabelecido e com o toque de Gatsby.

 

 

Entrando pelo quarto de Gatsby temos as tradicionais janelas arqueadas, com decoração seguindo o estilo última tendência dos anos 20. Uso de madeira bem polida, revestimentos de parede em seda, pespontados, seguindo as cores brilhantes como dourado sobre o preto da Art Deco. Bem como os móveis com linhas retas e arredondados nos cantos, linhas paralelas, tapete em cinza com mais linhas… Closet aberto e reproduzindo gavetas e prateleiras para uma das cenas mais bonitas do filme…

 

 

 

 

Todo o esplendor da Mansão Gatsby contrasta com a pequena casa de Nick Carraway, vizinho de Gatsby. Em estilo rústico, com uma pequena varanda, mobília reutilizada, reproduzindo um estilo mais arts and crafts, com decoração e detalhes praticamente feitos a mão ou através do reaproveitamento de materiais, que refletem, de acordo com Catherine Martin, a natureza inocente de Nick. Um estilo romântico e orgânico mantem a casa.

 

 

E por fim a Mansão em estilo Georgiano onde Tom e Daisy Buchanan vivem com sua família. Inspirada em parte pela Old Westbury Gardens em Long Island, a casa do filme em si foi construída na cidade cenográfica, com o entorno adicionados digitalmente.

 

 

A decoração clássica e luxuosa, com móveis claros, grandes estofados e tecidos, cortinas esvoaçantes em meio as pesadas ponteiras, lustres em cristal, foram usados para mostrar que a Mansão dos Buchanan era tradicional, com itens que vieram de séculos de riqueza.

 

 

 

 O filme é lindo, emocionante, e algumas outras coisas que,

se eu disser, entrego o final para quem ainda não viu…  Old sports 😉